Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulga e celebra as realizações. É madrinha das relações políticas tanto entre homens quanto entre nações traz na mão direita uma trombeta e, na esquerda, um livro. Já o 21 refere-se ao nosso século, como um referencial temporal.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Não dá para acreditar - Crise de 1929

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domingo, 19 de abril de 2020

Massacre dos Nadadores, Ilhéus-BA - Aos povos de nossas terras




O dia do índio, antes de mais nada, é o dia de reflexão. Um dia de lembrar-se da história sem perder de vista a importância dos embates atuais, das constantes agressões e injustiças praticadas contra a etnia, a qual somos, imensamente herdeiros.
Como morador da região cacaueira, no sul da Bahia, local onde, em tempos remotos foi Instalada a Capitania de São Jorge dos Ilhéus, venho trazer a reflexão a cerca do primeiro grande massacre contra aqueles que aqui viviam – os Tupiniquim.
O ano era de 1559, e o massacre foi chamado de “batalha dos nadadores”. Esse fato aconteceu numa praia, denominada Cururupe, hoje atração turística.
O Padre Manoel da Nóbrega foi testemunha de tudo e numa das suas inúmeras cartas narra com detalhes o episódio:
A luta começou com a morte de um índio. O assassino ficou impune. Os índios, por vingança, mataram três brancos no caminho de Ilhéus a Porto Seguro. Os colonos amedrontados abandonaram as fazendas e recolheram-se na sede da Capitania. Diante de tanta covardia os índios resolveram cercar a Vila. Os moradores estavam perdidos. Só havia uma esperança: pedir auxílio a Mem de Sá, em Salvador. Um emissário saiu às escondidas e rumou para a capital.
Mem de Sá ordenou a prontidão, imediatamente, e ele próprio quis comandar a repressão.
Chegando ao Porto de Ilhéus, ficou o Governador a bordo enquanto recebia notícias da Vila. A situação era a pior possível. A população alimentava-se apenas de laranjas dos quintais. A fome já estava presente em todos os lares da Vila de São Jorge... À meia noite houve o desembarque. É o próprio Mem de Sá quem diz:
“...na noite que entrei nos Ilhéus fui a pé dar em uma aldeia que estava a sete léguas da Vila em um alto pequeno... a ante manhã duas horas dei n’aldeia e a destruí e matei todos os que quiseram resistir, e à vinda vim queimando e destruindo todas as aldeias que ficaram atrás...”
Quando souberam dos desastres de suas aldeias, os índios saíram fustigando à retaguarda do grupo do Governador. Vasco Rodrigues Caldas, braço direito de Mem de Sá, emboscou-se na mata, acometendo os índios pelas costas. Os nativos, a fim de se safarem atiraram-se ao mar. Os “nativos catequisados, aliados de Vasco Rodrigues, exímios nadadores, foram ao encalço. A luta travou-se a uma légua da costa. Os tupiniquins foram quase todos mortos mais por asfixia que propriamente pelas armas. “Naquela luta de peixes vorazes, da qual não escapou nenhum inimigo” como diz Pedro Calmon.
Os Tupiniquim que conseguiram se salvar do cerco ainda atacaram uma roça que pertencia a certo André Gavião e mataram oito escravos africanos e, logo a seguir, sofreram novo ataque de Rodrigues Caldas. Definitivamente derrotados, pediram paz e submeteram-se ao jugo português.
O desfecho foi trágico para os donos da terra.
Quanto aos invasores, o lucro era um negócio ainda inconclusivo, no entanto, a mão de obra crescia, com o fim da guerra, e as sesmarias (na qual o próprio governador era um dos maiores sesmeiros) atraia mais investidores... Contudo a resistência apenas havia começado... Ilhéus iria ser palco de novas guerras!

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terça-feira, 7 de abril de 2020

Revolução Francesa - 8ºAno

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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Primeiros Habitantes da América

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