Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulga e celebra as realizações. É madrinha das relações políticas tanto entre homens quanto entre nações traz na mão direita uma trombeta e, na esquerda, um livro. Já o 21 refere-se ao nosso século, como um referencial temporal.

sábado, 11 de julho de 2020

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Resolva questões por Competências e Habilidades.
Para começar, treine com a competência-1 (C1)

Questão 1

Desgraçado progresso que escamoteia as tradições saudáveis e repousantes. O 'café' de antigamente era uma pausa revigorante na alucinação da vida cotidiana. Alguém dirá que nem tudo era paz nos cafés de antanho, que havia muita briga e confusão neles. E daí? Não será por isso que lamento seu desaparecimento do Rio de Janeiro. Hoje, se houver desaforo, a gente o engole calado e humilhado. Já não se pode nem brigar. Não há clima nem espaço.

ALENCAR, E. Os cafés do Rio. In: GOMES, D. Antigos cafés do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Kosmos, 1989 (adaptado).

O autor lamenta o desaparecimento dos antigos cafés pelo fato de estarem relacionados com:

(A) a economia da República Velha, baseada essencialmente no cultivo do café.

(B) o ócio ("pausa revigorante") associado ao escravismo que mantinha a lavoura cafeeira.

(C) a especulação imobiliária, que diminuiu o espaço disponível para esse tipo de estabelecimento.

(D) a aceleração da vida moderna, que tornou incompatíveis com o cotidiano tanto o hábito de "jogar conversa fora" quanto as brigas.

(E) o aumento da violência urbana, já que as brigas, cada vez mais frequentes, levaram os cidadãos a abandonarem os cafés do Rio de Janeiro.


Questão 2

Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio – e mais tarde de negro – na composição. Sociedade que se desenvolveria defendida menos pela consciência de raça, do que pelo exclusivismo religioso desdobrado em sistema de profilaxia social e política. Menos pela ação oficial do que pelo braço e pela espada do particular. Mas tudo isso subordinado ao espírito político e de realismo econômico e jurídico que aqui, como em Portugal, foi desde o primeiro século elemento decisivo de formação nacional; sendo que entre nós através das grandes famílias proprietárias e autônomas; senhores de engenho com altar e capelão dentro de casa e índios de arco e flecha ou negros armados de arcabuzes às suas ordens.

FREYRE, G. Casa-Grande e Senzala. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.


De acordo com a abordagem de Gilberto Freyre sobre a formação da sociedade brasileira, é correto afirmar que

(A) a colonização na América tropical era obra, sobretudo, da iniciativa particular.

(B) o caráter da colonização portuguesa no Brasil era exclusivamente mercantil.

(C) a constituição da população brasileira esteve isenta de mestiçagem racial e cultural.

(D) a Metrópole ditava as regras e governava as terras brasileiras com punhos de ferro.

(E) os engenhos constituíam um sistema econômico e político, mas sem implicações sociais.


Questão 3

O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.

 No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.

A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na

a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.

b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.

c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.

d) neutralidade diante da condenação dos servos.

e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.


Questão 4

A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.

                GÂNDAVO, P. M. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que                     vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (Adaptado).

A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra a:

a) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.

b) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.

c) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.

d) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.

e) dificuldade apresentada pelos portugueses no aprendizado da língua nativa.


Questão 5

Ser ou não ser – eis a questão.

Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!

Os sonhos que hão de vir no sono da morte

Quando tivermos escapado ao tumulto vital

Nos obrigam a hesitar: e é essa a reflexão

Que dá à desventura uma vida tão longa.

SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007.

Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre

a) consciência de si e angústia humana.

b) inevitabilidade do destino e incerteza moral.

c) tragicidade da personagem e ordem do mundo.

d) racionalidade argumentativa e loucura iminente.

e) dependência paterna e impossibilidade de ação 

GABARITO
1 - D
2 - A
3 - E
4 - D
5 - A
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