O processo de transmissão cultura é percebido na questão como uma "mão dupla" assim, da maneira pela qual fomos influenciados, também influenciamos em determinados processos, e nesse caso o exemplo foi o uso culinário da mandioca. A questão também faz referencia ao Atlântico como um espaço de conexão, o que reforça ainda mais a resposta.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
Caiu no ENEM (2019) - Brasil Colônia = cultura, culinária, patrimônio... Achou essa fácil?
quarta-feira, 29 de dezembro de 2021
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
07 de Setembro, foi ou não foi?
A imagem de d. Pedro I levantando a espadanas margens do Ipiranga é uma das representações mais populares da história do Brasil.
Há muitas
décadas ela figura em livros didáticos e ilustra páginas de revistas e jornais
por ocasião das comemorações da Independência. Diante delatemos a impressão de
sermos testemunhas do evento histórico, aceito naturalmente como o “marco zero”
da fundação da nação. No entanto, essa imagem é fruto da imaginação de um
artista que nem mesmo tinha nascido quando o episódio ocorreu. Historiadores
têm demonstrado que foram necessárias muitas décadas para que o hoje famoso
episódio do “Grito do Ipiranga” adquirisse status que ele possui no contexto
das narrativas sobre a Independência. Como demonstra a pesquisadora Cecília
Helena Salles de Oliveira em seu estudo sobre o tema, a data de 7 de setembro
não foi considerada, de início, particularmente relevante como marco simbólico
da formação da nação, nem pela imprensa, nem pelo próprio d. Pedro. Em carta
dirigida aos paulistas, no dia seguinte ao episódio ocorrido às margens do
Ipiranga, o príncipe fala da necessidade urgente de retornar ao Rio de Janeiro
em função das notícias recebidas de Portugal. Na longa carta, não há qualquer
referência ao “grito”. a Independência do Brasil não estava inteiramente
consumada. Dependia também de negociações políticas. Também em carta dirigida
ao seu pai a 22 de setembro, d. Pedro não faz referência ao evento. Da mesma
forma, os jornais de época, que ensaiaram as primeiras narrativas sobre a
Independência do Brasil, não traziam qualquer menção à data de 7 de setembro. O
Correio Braziliense, por exemplo, publicou uma notícia declarando a data de 1º
de agosto como marco da emancipação. Era a data em que o príncipe enviou o Manifesto
às Províncias do Brasil, no qual se desobrigava de obedecer a ordens das Cortes
de Lisboa. O redator do jornal Regulador Brasileiro, por sua vez, apontaria a
data de 12 de outubro, na qual ocorreu a aclamação de d. Pedro I como Imperador
do Brasil, como o verdadeiro marco da criação da jovem nação. Outras datas,
como o 9 de janeiro, dia do “Fico”, em que d. Pedro I recusou-se a embarcar
para Portugal desobedecendo as ordens dadas pelas Cortes de Lisboa, ou a de 1º
sábado, 15 de maio de 2021
sexta-feira, 16 de abril de 2021
Grécia - Vamos de simulado? dica 01 - Depois de resolver as questões, vejam o que errou e reflita se foi um erro de conceito/conteúdo ou de Técnica (interpretação, análise etc...)
1. (Enem
PPL 2012) Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.
BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)
Os versos da composição remetem à condição das
mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de
a) sua função pedagógica,
exercida junto às crianças atenienses.
b) sua importância na
consolidação da democracia, pelo casamento.
c) seu rebaixamento de status
social frente aos homens.
d) seu afastamento das funções
domésticas em períodos de guerra.
e) sua igualdade política em
relação aos homens.
2. (Famerp 2020) Observe as três ordens da arquitetura grega clássica.
As três colunas correspondem, respectivamente, aos estilos:
a) dórico,
jônico e coríntio.
b) jônico,
gótico e românico.
c) românico,
coríntio e dórico.
d) gótico,
dórico e barroco.
e) coríntio,
barroco e gótico.
3.
(Famema 2020) Leia o excerto sobre a
preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai
de família.
Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à 1fratria paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas.
(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.)
1fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.
a) da formação intelectual e
do pertencimento às tropas da cidade.
b) da aceitação pelo grupo familiar
e da preparação para a guerra.
c) do casamento dentro da
linhagem e do auxílio militar ao Estado.
d) de pagamentos feitos aos
sacerdotes e do combate aos inimigos.
e) do reconhecimento pelas
autoridades civis e da capacidade bélica.
4.
(Unesp 2020) A Odisseia choca-se
com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se
geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além:
circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis,
preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que
passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.
a) questiona as ações heroicas
dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica
de physis.
b) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história
c) é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus erros.
d) identifica uma forma do
pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre
temporalidades, que caracteriza a história.
e) desenvolve uma abordagem
crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da
filosofia pré-socrática.
5.
(Ufjf-pism 1 2019) Observe os quadrinhos
abaixo:
O quadrinho do cartunista Gilmar, publicado em 2010, expõe uma crítica contemporânea ao que se apresentou como “democracia” na Atenas da antiguidade clássica. Das alternativas abaixo, qual expressa de modo consistente tal crítica?
a) A apatia da população, que
não tinha o hábito de participar das decisões tomadas nas assembleias dirigidas
pelos cidadãos.
b) A contradição envolvendo um
ideal democrático e a exclusão real da participação política de sujeitos
considerados “não cidadãos”.
c) A equivalência entre a
forma democrática ateniense e a que é utilizada atualmente na sociedade
brasileira desde a Constituição de 1988.
d) A necessidade de se
constituir, na sociedade grega da antiguidade, uma forma de democracia
representativa, na qual cada eleitor escolhia seus representantes.
e) O favorecimento sistemático
de representantes de partidos políticos que nem sempre representavam a maioria
da população.
6.
(Enem 2019) A soberania dos cidadãos
dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da
cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em
relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante
pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.
a) Controle da terra.
b) Liberdade de culto.
c) Igualdade de gênero.
d) Exclusão dos militares.
e) Exigência da alfabetização.
7. (Enem PPL 2019) Quando se trata de competência nas construções e
nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos.
Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que
qualquer um fale, de outro modo não existiria a cidade.
BOBBIO,
N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).
a) dedicação altruísta em
ações coletivas.
b) participação direta em
fóruns decisórios.
c) ativismo humanista em
debates públicos.
d) discurso formalista em
espaços acadêmicos.
e) representação igualitária
em instâncias parlamentares.
8. (Enem 2014) TEXTO l
TUCÍDIDES.
História da Guerra do Peloponeso.
Brasília: UnB, 1987 (adaptado).
TEXTO II
ARISTÓTELES.
Política. Brasília: UnB,
1985.
Comparando os textos l e II, tanto para
Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a
cidadania era definida pelo(a)
a) prestígio
social.
b) acúmulo
de riqueza.
c) participação
política.
d) local
de nascimento.
e) grupo
de parentesco.
9. (Enem
2009) Segundo Aristóteles, “na
cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente
justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios
— esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais
—, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é
indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das
atividades políticas”.
VAN ACKER,
T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual,
1994.
a) possui uma dimensão
histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de
qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem
de trabalhar.
b) era entendida como uma
dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção
política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) estava vinculada, na Grécia
Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da
pólis a participarem da vida cívica.
d) tinha profundas conexões
com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado
às atividades vinculadas aos tribunais.
e) vivida pelos atenienses
era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo
para resolver os problemas da cidade.
10. (Enem 2015) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.
VERNANT, J. P. As
origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992
(adaptado).
a) agregar os cidadãos em
torno de reis que governavam em prol da cidade.
b) permitir aos homens livres
o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
c) constituir o lugar onde o
corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.
d) reunir os exercícios para
decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.
e) congregar a comunidade para
eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.
11. (Enem 2017)
TEXTO I
Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras e o cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de pequenas concessões.
A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos
textos fundamentais do direito romano, uma das principais heranças romanas que
chegaram até nos. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante
pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida em sociedade é um instrumento
favorável ao homem comum e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos
poderosos.
a) discussão
de preceitos formais estabeleceu a democracia.
b) invenção
de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias
c) formulação
de regulamentos oficiais instituiu as sociedades.
d) definição
de princípios morais encerrou os conflitos de interesses.
e) criação
de normas coletivas diminuiu as desigualdades de tratamento.
12. (Fuvest 2015) Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram
sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico
e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos
na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele,
encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual,
como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do
sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico
da França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento,
encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua
estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em
nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional
único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo
de Grécia).
FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.
a) a desorganização política
da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de
povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e
macedônios.
b) a necessidade de profunda
centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para
que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção
cultural.
c) a carência, entre quase
todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular
estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.
d) a inadequação do uso de
conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia
antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
e) a valorização, na Grécia
antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de
consolidar política e economicamente o Estado nacional.
13. (Puccamp 2017) Considere o texto abaixo.
a) a cidadania, direito de
participar da vida pública, atingia todos os habitantes da maioria das cidades-estado.
b) o equilíbrio de poderes
presente nas cidades-estado evitou a ocorrência de conflitos sociais.
c) a lei era o resultado de
discussões entre os representantes da cidade-estado e definia o direito dos
cidadãos.
d) a soberania dos cidadãos
dotados de plenos direitos era fundamental para a existência da cidade-estado.
e) o direito à cidadania e a
organização política possibilitaram a criação da democracia em todo o país.
14.
(Fgv 2017) (...) a partir do século V
a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra
contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho
acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos,
um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos
territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos
centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.
Norberto Luiz
Guarinello. História Antiga, 2013.
a) as Guerras Púnicas, entre
Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar
Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de
Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental.
b) as Guerras Macedônicas
foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e
o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em
guerra com outros povos.
c) as Guerras Médicas, entre
persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses
confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos, aliança de
cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no
Mediterrâneo.
d) as Campanhas de Alexandre,
o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças
persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os
princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.
e) a Guerra do Peloponeso, o
mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as principais
cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças
militares cartaginesas.
15. (Unesp 2013) Leia.
Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
a) os líderes políticos
detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e
representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter
indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço
dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos
na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia
escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu poder e
às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses políticos.
Gabarito:
Resposta da
questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[A]
Resposta da questão 3:
[B]
Resposta da
questão 4:
[D]
Resposta da questão 5:
[B]
Resposta da
questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[B]
Resposta da
questão 8:
[C]
Resposta
da questão 9:
[B]
Resposta da
questão 10:
[C]
Resposta da questão 11:
[E]
Resposta da
questão 12:
[D]
Resposta da
questão 13:
[D]
Resposta da
questão 14:
[C]
Resposta da
questão 15:
[C]